A Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura – CONTAG, através da Escola Nacional de Formação – ENFOC, promove de 2 a 6 de julho, na capital Brasília, o 3º Curso de Formação Política Sindical para as Mulheres e conta com a participação de 4 trabalhadoras da agricultura familiar mineira. “Um caminhar da luta feminista” é um dos temas do encontro.
Representam a Fetaemg e as companheiras Valdete Sirqueira e Sebastiana Zanon, ambas coordenadoras regionais de Mulheres Trabalhadoras Rurais; a assessora da Federação, Maria Aparecida, além de Lavínia Lamas (coordenadora regional de Jovens).
O encontro objetivou alinhar as ações voltadas à atuação das mulheres na perspectiva da educação popular, feminista e classista, o empoderamento enquanto mulheres, atrizes políticas e sujeitos coletivos e a sua participação autônoma nos espaços de poder.
Tratou-se ainda, na oportunidade, sobre as construções em torno da Marcha das Margaridas 2019, organizada pela Contag, e que acontece em Brasília, sempre no dia 12 de agosto. A ocasião lembra a morte da trabalhadora rural e líder sindicalista Margarida Maria Alves, assassinada em 1983, quando lutava pelos direitos dos trabalhadores na Paraíba.
“O encontro nos leva a significativas reflexões. Adquirimos aqui grande conhecimento. Aprendemos que somos nós, somente nós, as impulsionadoras que podem unir outras pessoas em torno daquilo que buscamos, pois possuímos o poder da transformação, persuasão, envolvimento e motivação. Aprendemos que somos capazes e devemos multiplicar esse conhecimento onde quer que estejamos, sendo respeitadas e reconhecidas como integrantes de uma sociedade”, destacou Lavínia Lamas.
O curso é coordenado pela Secretaria de Mulheres da Contag e surgiu a partir das demandas identificadas pela Comissão Nacional de Mulheres Trabalhadoras Rurais que, em Minas Gerais, é representada por Alaíde Bagetto, coordenadora da Comissão Estadual de Mulheres Trabalhadoras Rurais.
A atuação das mulheres trabalhadoras rurais é uma ação afirmativa e trabalha ainda direitos como à previdência social rural, à sindicalização, o salário maternidade, à titulação conjunta da terra; as cotas e à paridade nos espaços de decisão dos Sindicatos, entre outros.
“Todas as nossas ações visam contribuir para o empoderamento feminino e um curso de Formação contribui ricamente para essa finalidade. É ainda uma grande oportunidade para tratarmos à Marcha das Margaridas 2019, pois acredito que será novamente extraordinário. É preciso mobilizar e envolver as mulheres do Movimento Sindical para o nosso fortalecimento como Mulheres organizadas”, conclui a Coordenadora da Comissão Estadual de Mulheres, Alaíde Bagetto.