Aconteceu de 12 a 13 de setembro, em Uberaba, o seminário “O Movimento Sindical de Trabalhadores Rurais e a Reforma Trabalhista – Impactos e Desafios.” Esta é mais uma ação da Fetaemg na luta pela defesa dos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras rurais com o objetivo de esclarecer pontos referentes as mudanças aprovadas pelo governo. Pretende-se ainda alertar os trabalhadores para os riscos da reforma, incentivando à classe a permanecer unida contra todos os retrocessos.
Participaram cerca de 150 lideranças sindicais do triângulo mineiro e do noroeste do estado. Debates e palestras sobre a atual conjuntura política, mudanças nas leis trabalhistas e os impactos na organização sindical fazem parte da pauta do encontro.
Para o presidente da Fetaemg, Vilson Luiz da Silva, o seminário é fundamental para que a classe trabalhadora compreenda a gravidade da reforma trabalhista e tenha a consciência de que a luta e o voto certo nas próximas eleições são as principais ferramentas para a reestruturação do país. “ Este encontro é mais que um debate sobre a lei, é um convite para cada trabalhador e trabalhadora refletir sobre o nosso papel na restruturação do país e a necessidade de combatermos a retirada de direitos. Onde houver trabalho de base como este, o Sindicato será fortalecido e assim poderemos lutar e fazer uma revolução consciente. As mudanças na lei vão valer a partir de novembro, mas muitos empresários já estão se antecipando. Não podemos ficar sentados assistindo à tudo isso.” Concluiu o presidente.
Pedro Mário Ribeiro, diretor de políticas salariais da Fetaemg, destaca que, ao contrário do conceito alardeado pelo governo, a reforma trabalhista representa uma afronta aos trabalhadores e o enfraquecimento de instituições. “ A reforma não está preocupada em melhorar a atuação do Ministério Público do Trabalho. Então o que vemos é a tentativa de desmonte da organização dos trabalhadores e das instituições que os defendem.” Afirmou.
Durante sua análise da conjuntura política, a secretária geral adjunta da CTB nacional, Kátia Gaivoto, afirmou que as investidas do governo contra a classe trabalhadora podem ser revertidas pela categoria, pois o Movimento Sindical tem um protagonismo fundamental para a mudança deste contexto que o país atravessa.
Convidado pela Fetaemg para falar sobre o assunto, o professor Geraldo Santana criticou a atuação do Governo, do Congresso e do Supremo Tribunal Federal e rebateu as afirmações usadas pelas instituições para defender a reforma trabalhista.
Santana ainda destacou que a força do Movimento Sindical é alvo de ataque do governo, afim de desestruturar a ordem democrática. “Sem Movimento Sindical não há democracia e é por isso que a lei quer enfraquecer os Sindicatos. O capital é desumano e não quer saber dos trabalhadores. Acredito que precisamos defender a justiça do trabalho, pois ela é o último reduto da ordem institucional, o que faz com que o governo queira destruí-la.” Afirmou.
Representando a Fetaemg, estiveram presentes a diretora de política agrária, Alícia Cardoso, a diretora de finanças, Maria Rita Fernandes, a coordenadora da comissão estadual de mulheres, Alaíde Bagetto, a coordenadora da comissão de juventude rural, Marilene Faustino, o diretor de política agrícola, Marcos Nunes, o diretor do polo triângulo, José Divino e o diretor do polo noroeste, Wilson Caetano Melo.