Representantes do Movimento Sindical de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais participam de curso de negociação coletiva em Belo Horizonte

Representantes do Movimento Sindical de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais participam de curso de negociação coletiva em Belo Horizonte

Teve início, em Belo Horizonte, nesta terça-feira (15/10), o curso estadual de negociação coletiva com o objetivo de ampliar as técnicas de negociação, garantindo melhores condições de trabalho aos assalariados e assalariados rurais.

Aliando a prática com a teoria, o curso abordará táticas de argumentação, além de simulações de “mesas de negociação”, possibilitando que os dirigentes e assessores dos Sindicatos de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais avancem nas negociações coletivas, e possam conquistar direitos que vão além do mínimo estabelecido pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

O presidente da FETAEMG, Vilson Luiz da Silva, explica o curso tem a finalidade de buscar elementos para ampliar a capacidade dos Sindicatos nos acordos e convenções coletivas do trabalho. Para o presidente, um grande problema é o trabalho informal que impossibilita que o trabalhador e a trabalhadora tenham acesso aos benefícios da previdência social. “Não só à aposentadoria rural, mas a qualquer benefício. E aliado a isso, ainda não tem moradia e um pedaço de terra para plantar. Então, não envolve só uma questão econômica, mas social também”, explica.

Abrindo as atividades, foi traçado um panorama sobre o perfil dos trabalhadores (as) assalariados (as) rurais, a organização sindical e resultados das negociações salariais dos rurais.

A secretária de Gênero e Geração da CONTAR(Confederação Nacional dos Trabalhadores Assalariados e Assalariadas Rurais), Samara Souza, avalia que a reforma trabalhista trouxe impactos negativos nas negociações coletivas, a exemplo da redução do poder de mediação dos Sindicatos, substituído pela negociação direta entre empregado e empregador, o que torna o trabalhador mais hipossuficiente para negociar.

Como aspecto positivo, segundo a Contar, a reforma trabalhista trouxe maior flexibilidade para as negociações entre empregadores e trabalhadores, permitindo que as partes cheguem a acordos que sejam mais vantajosos para ambos os lados.

O curso termina nesta quinta-feira (17/10), e é realizado pela CONTAR e FETAEMG, com a parceria do DIEESE e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR-MG).