Até 2050, as mudanças climáticas podem levar mais de 158 milhões de mulheres para a pobreza, fazendo com que enfrentem maior insegurança alimentar. A crise climática provoca aumentos nos conflitos e migração, exclui direitos e atinge principalmente as mulheres, refugiados e outros grupos vulneráveis (Dados da ONU Mulheres Brasil).
Dentro deste contexto sabemos que as mulheres rurais assumem responsabilidades desproporcionais de cuidado, possuem menos recursos econômicos que os homens e quase nenhum acesso à tecnologia. As mudanças climáticas exacerbam essas desigualdades dentro do cotidiano familiar.
Alguns fatores agravam o fardo existente do cuidado familiar não remunerado que muitas mulheres exercem: a alta nos preços dos alimentos devido a colheitas ruins, ou o aumento nas necessidades de saúde dos membros da família em meio à alta das temperaturas. Meninas têm mais probabilidade de abandonar a escola em áreas propensas à seca.
Os governos devem garantir que as necessidades e direitos das mulheres sejam integrados às políticas que amenizem as consequências dos efeitos climáticos, coíbam a violência de gênero e a discriminação social, fortaleçam a produção de alimentos e a geração de renda, entre outras causas urgentes.
Sendo assim, a Comissão Estadual de Mulheres Trabalhadoras Rurais da Fetaemg, vem trabalhando junto às coordenadoras regionais, formas de dialogar sobre o enfrentamento às crises ambientais em suas regiões.
As mulheres estão sempre reinventando para continuar produzindo alimentos saudáveis, do campo para a cidade. Portanto, é essencial que as pautas feministas continuem sendo integradas à resposta diante da crise climática.
Comissão Estadual de Mulheres Trabalhadoras Rurais/Fetaemg