A Fetaemg está presente no Seminário Nacional sobre Desenvolvimento da Agricultura Familiar, que começou nesta segunda, 18, na sede da Contag em Brasília.
O Seminário reúne mais de 300 pessoas, entre dirigentes e funcionários do Movimento Sindical, além de pesquisadores que tenham seus trabalhos acadêmicos ligados ao meio rural. A Fetaemg participa com uma das maiores delegações, estão presentes a diretoria executiva da Federação, diretores regionais e trabalhadores da base. “Estamos com uma qualificada agenda de compromissos em virtude das inumeras reformas que retiram diretos dos trabalhadores e trabalhadoras, do campo e da cidade e esse encontro é a continuidade dessa maratona,” afirma o presisente da Fetaemg, Vilson Luiz da Silva.
Durante os quatro dias de Seminário, serão debatidas além de questões voltadas à agricultura familiar, pautas diversificadas, que incluem as mudanças na legislação eleitoral, criação e regulamentação do Fundo de Amparo Social, financiamento das políticas públicas para a agricultura familiar, conjuntura política, paridade de gênero nos Sindicatos e Federações, cota mínima de jovens e mulheres e reforma política.
Na ocasião, também foi lançado nesta terça feira, 19, o o Censo Agro 2017. Os coordenadores do IBGE, David Montero Dias e Antônio Carlos Simões Florido, destacaram durante o lançamento que o principal foco da pesquisa em 2017 é trazer informações sobre agricultura, extração vegetal, silvicultura, criação de animais de grande, médio e pequeno porte, aquicultura, criação de abelhas, criação de bicho-da-seda, beneficiamento e transformação de produtos agropecuários. Ainda destacaram que a pesquisa irá permitir entender aspectos de segurança alimentar, área de produção, regionalização, ocupação de mão de obra, sustentabilidade e preservação ambiental.
Reforma da Previdência Social
No primeiro dia do Seminário foi realizada uma mesa de debate com a presença do senador Paulo Paim (PT-RS), que falou dos trabalhos da CPI da Reforma da Previdência Social e de outros retrocessos que impactam diretamente a população brasileira.
“Vivemos o pior momento em matéria dos três Poderes no Brasil. Esse governo vem entregando a Amazônia, atingindo terras dos índios, quilombolas e da agricultura familiar. A Reforma Trabalhista foi financiada pela Fiesp e apresenta gravidade em vários pontos. Um deles é a mulher grávida poder trabalhar em área insalubre. Quem tem aposentadoria especial não terá mais direito. Temos o negociado sobre o legislado, ou seja, o trabalhador vai se submeter à vontade do empregador. Teremos a jornada intermitente. O empregador só vai pagar salário por hora. Tudo isso vai repercutir na previdência”, explicou o senador.