Cada passo do movimento real vale mais do que uma dúzia de notas. Ainda assim é imprescindível expressar a nossa indignação, resgatando a importância da nossa luta política e os princípios históricos fundadores da luta de classes.
Pensamos e agimos coletivamente, defendendo um programa de luta ampliado devido às circunstâncias do momento político, conjuntural e sanitário. É preciso construir uma conjugação que nos leve a uma radicalidade mais efetiva em defesa da luta camponesa, contra o inimigo comum: o agronegócio, o hidronegócio, a apropriação privada dos recursos naturais, água, minerais e biodiversidade (MANIFESTO 20 ANOS DA EDUCAÇÃO DO CAMPO E DO PRONERA, 2018), e um Estado corrompido e seus apoiadores.
É com esse propósito que a Rede vem a público reafirmar seus princípios em defesa da vida, da natureza e da luta camponesa.
A história da Rede Mineira se mistura com as das lutadoras e lutadores da terra em defesa da reforma agrária popular, da educação do campo, indígena e quilombola e das escolas do campo.
Sabemos que a violência que a agricultura camponesa sofre é parte da estratégia de enfraquecimento dos povos do campo por governos que agem em acordos com o projeto do capital, neoliberal e fascista. Que ao favorecer seus aliados latifundiários, empresários do campo e da educação, têm levado imensas massas trabalhadoras, marginalizadas e oprimidas, à miséria social, e que projetam brutalmente o esvaziamento do campo em nome do ‘desenvolvimento’ para poucos.
É a partir desse entendimento que a REDE vem por meio dessa Carta se SOLIDARIZAR COM A COMUNIDADE OLHOS D’ÁGUA, JOAÍMA, BAIXO JEQUITINHONHA e REPUDIAR TODA E QUALQUER AÇÃO DE VIOLÊNCIA CONTRA OS POVOS DO CAMPO. Assim, conclamamos nossa militância, os defensores da Vida e da Terra Livre a defender a luta da classe trabalhadora do campo.
EM DEFESA DO ACESSO À TERRA, TETO, SAÚDE, SOBERANIA ALIMENTAR, TRABALHO E EDUCAÇÃO DO POVO TRABALHADOR DO CAMPO, EM ESPECIAL, NESTE MOMENTO DE PANDEMIA!
TERRA LIVRE!
VENCEREMOS!!!
Minas Gerais/Brasil, abril de 2021