Companheiras!
Iniciamos a nossa jornada de lutas em um contexto marcado por vários desafios. O ano de 2022 teve início com calamidades, desastres ambientais, o aumento da violência contra as mulheres, a pandemia que ainda não acabou e guerra na Europa.
Importante dizer de um outro desafio, que é a luta por mais mulheres na política. Mulheres que nos representem de fato. E seguir na resistência por todas nós com o fora Bolsonaro, mediante a crescente fragilização da democracia. Resistimos frente as incansáveis manobras para invisibilizar, desmobilizar a organização e a participação das mulheres.
Coletivamente construímos nosso 08 de março trazendo a reflexão sobre tudo aquilo que as mulheres trabalhadoras rurais vivenciam no seu dia a dia. Na busca pelo bem viver, no enfrentamento à violência que muitas vezes é solitário, na luta pela implantação de uma legislação que nos proteja e assegure direitos, pelo fortalecimento das redes com a participação das mulheres, para que a luta não vá pela metade. Nosso cotidiano é na produção de alimentos limpos e de qualidade para a própria família e geração de renda.
Nossa luta diária é por saúde, educação, pelo direito de ir e vir com segurança.
Defendemos o “alimentar a luta” não só no 8 de março, por que é uma pratica das mulheres, e no universo das mulheres trabalhadoras rurais, está presente no jeito de cuidar da vida. É uma forma de nos manter organizadas diante dos riscos que corremos de perder nosso direito, e precisamos avançar.
Um exemplo que nós mulheres rurais protagonizamos é a Marcha das Margaridas, pois é preciso “florescer a democracia” e essa ação das mulheres tem este objetivo. Desde a retirada da primeira mulher presidente do Brasil do poder e a eleição de um presidente negacionista a democracia está ameaçada.
Em ano eleitoral, é fundamental elegermos mais mulheres para as Assembleias Legislativas e para o Congresso Nacional, representantes comprometidos com nossas pautas, que defendam os nossos direitos, para que possamos dialogar e assim reverter este cenário de ruptura com a democracia e a verdade.
“A sustentabilidade da vida só será possível numa sociedade verdadeiramente democrática e enraizada em princípios feministas. Um feminismo anticapitalista, antirracistas e antipatriarcal, que reflita cada uma de nossas realidades”.
Por tudo isso, nossa jornada de luta que se inicia no 08 de março com o lema: Na Busca do Bem Viver, Alimentando a Luta e Florescendo a Democracia. Sem as Mulheres a Luta Vai Pela Metade. Por que não vão nos calar, seguiremos resistindo, seremos um pais soberano e democrático.
Com o compromisso de fortalecer nosso movimento sindical, com desenvolvimento, sustentável e solidário seguimos em marcha.
Comissão Estadual de Mulheres Trabalhadoras Rurais da Fetaemg.