Deliberado pelo 9º congresso da FETAEMG e amplamente discutido no Planejamento Estratégico Situacional dos formadores sindicais da federação, o processo formativo e sindical desenvolvido em Minas Gerais tem como objetivo principal:
Contribuir na formação política de seus dirigentes/assessores, realizando e fomentando atividades formativas que visem o esclarecimento da importância da defesa de Classe; na luta por melhores condições de vida no Campo; na Luta para garantir os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras; no fortalecimento do movimento sindical do Campo; na organização do movimento sindical do Campo.
Referencial teórico
Marx e Engels em suas obras clássicas contribuem para um pensamento político pedagógico e apontam que a pratica formativa deve considerar a capacidade revolucionaria dos trabalhadores e trabalhadoras.
A Formação e organização sindical da FETAEMG pressupõe que a classe dominante construiu e constrói cotidianamente elementos teóricos que respaldem sua hegemonia na sociedade, exercendo através de seus intelectuais orgânicos, a função de legitimar seus interesses, afinados com sua leitura de mundo e sua concepção de dominação, como se observa nos estudos de Marx e Engels, onde afirmam: “Os pensamentos da classe dominante são também, em todas as épocas, o pensamento dominante (1845). ”
Portanto, se faz necessário aprofundarmos nas concepções de mundo, com visão contra hegemônica, fazendo constar a opinião da classe trabalhadora. “[…] fazer pensar concretamente, transformar, homogeneizar de acordo com um processo de desenvolvimento orgânico que conduza do simples senso comum ao pensamento coerente e sistemático” (GRAMSCI, 2001a, p. 201).
A abordagem histórico cultural para a educação leva em conta a atividade humana (vida concreta), tendo na atividade dos trabalhadores e trabalhadoras, seu trabalho, um determinante para a formação de sua consciência. Cabe aos formadores sindicais fomentar o debate que coloque em destaque as relações capital X trabalho, suas formas de dominação e as possiblidades de superação desta relação.
Ações
A FETAEMG estimula os dirigentes sindicais e funcionários do MSTTR a busca por conhecimentos, para melhor defender os trabalhadores e trabalhadoras rurais, desta forma desenvolvem seu projeto de Formação Política Sindical. Em dezembro de 2015, contribuiu com a formação de 50 Formadores/Educadores num curso de 224h.
Estes formadores, com a tarefa de levar a formação à base, implementam ações de formação em seus respectivos polos regionais, garantindo assim um amplo debate e a contextualização das suas especificidades, como, o debate geracional, gênero, étnicos, sucessão rural, entre outras bandeiras do movimento sindical do campo.
Neste sentido, a formação sindical é uma das estratégias de enfrentamento a qualquer processo que precarize as condições do trabalho no campo.
FORMAR É TRANSFORMAR!
Videografia da Formação
Série de vídeos sobre a Reforma Trabalhista:
A classe operaria vai ao paraíso
Lulu Massa (Gian Maria Volonté) é um trabalhador exemplar, dedicado e admirado por seus chefes pelo trabalho bem feito, mas detestado pelos demais funcionários. Por conta dos baixos salários e das péssimas condições de trabalho, o sindicato decide entrar em greve, fazendo todos os operários da fábrica pararem. Lulu decide não se envolver com o movimento político até o momento em que sofre um acidente com uma das máquinas, o que lhe custa um dedo. Com o descaso de seus patrões com o acidente ele decide participar dos grupos revolucionários.
Tempos Modernos – Charlie Chaplin
Um operário de uma linha de montagem, que testou uma “máquina revolucionária” para evitar a hora do almoço, é levado à loucura pela “monotonia frenética” do seu trabalho. Após um longo período em um sanatório ele fica curado de sua crise nervosa, mas desempregado. Ele deixa o hospital para começar sua nova vida, mas encontra uma crise generalizada e equivocadamente é preso como um agitador comunista, que liderava uma marcha de operários em protesto. Simultaneamente uma jovem rouba comida para salvar suas irmãs famintas, que ainda são bem garotas. Elas não tem mãe e o pai delas está desempregado, mas o pior ainda está por vir, pois ele é morto em um conflito. A lei vai cuidar das órfãs, mas enquanto as menores são levadas a jovem consegue escapar.
Cabra Marcado para morrer
Início da década de 60. Um líder camponês, João Pedro Teixeira, é assassinado por ordem dos latifundiários do Nordeste. As filmagens de sua vida, interpretada pelos própios camponeses, foram interrompidas pelo golpe militar de 1964. Dezessete anos depois, o diretor retoma o projeto e procura a viúva Elizabeth Teixeira e seus dez filhos, espalhados pela onda de repressão que seguiu ao episódio do assassinato. O tema principal do filme passa a ser a trajetória de cada um dos personagens que, por meio de lembranças e imagens do passado, evocam o drama de uma família de camponeses durante os longos anos do regime militar.
Ratolândia
A fábula Mouseland (em português: “Ratolândia”) foi inicialmente contada por Clarence Gillis e mais tarde popularizada em discurso por Tommy Douglas, político canadiano. A fábula expressava a visão de que o sistema político canadiano estava viciado. Na fábula, os ratos (o povo canadiano) votavam nos gatos negros (Partido Progressivo Conservador) e depois de algum tempo descobriam o quão difícil suas vidas eram. Depois votavam nos gatos brancos (Partido Liberal) e assim ficavam alternando entre os dois partidos. Um dos ratos tem então a ideia de que os ratos deveriam formar seu próprio governo…
Ética x Moral – Terezinha Rios
UMA HISTÓRIA DE AMOR E FÚRIA
O filme mostra a violência que se tornou intrínseca na sociedade brasileira, mas também o amor que mantém acesa a chama da luta política e o desejo de transformação.
O filme conta 4 episódios de momentos diferentes da História do Brasil, contados a partir do ponto de vista dos vencidos. Três deles são reais: a guerra entre Tupiniquins e Tupinambás, no início da colonização portuguesa, em 1565; a revolta ocorrida no Maranhão, conhecida como Balaiada, em 1825 e a guerrilha urbana, no período da ditadura militar, em 1968. O quarto episódio é uma projeção do futuro, em 2096. Com base na mitologia indígena, o herói foi escolhido para ser imortal e lutar eternamente contra Anhangá – o signo da morte e da destruição. Janaína morre e renasce em cada episódio.