Na última quarta, 14, com apoio da Fetaemg, alunos das 17 EFAs (Escola Família Agrícola) de todo estado de Minas Gerais cobraram mais recursos para as escolas rurais durante uma audiência pública da Comissão de Participação Popular da Assembleia Legislativa de Minas Gerais.
Com a liberação de mais recursos, pretende-se amenizar os problemas na manutenção dessas escolas, solução em relação aos atrasos nos pagamentos dos funcionários e a realização de investimentos em infraestrutura e ampliação da rede escolar.
O presidente da Fetaemg, Vilson Luiz da Silva, defende a luta dos estudantes e reafirma o compromisso da Federação com a Educação do Campo. “A Fetaemg é parceira das EFA’s pois vê no estudo uma base muito importante para a formação dos nossos jovens. Temos ajudado e vamos continuar dando todo o nosso apoio. O governo deve olhar os estudantes do campo com mais carinho e fazer os investimentos necessários para propiciar um ensino de qualidade. ” Afirmou.
Um resumo dos problemas enfrentados pelas EFAs foi feito pelo secretário-executivo da Amefa, Idalino Firmino dos Santos. Segundo ele, muitas unidades, por funcionarem em condições precárias, vivem sob ameaça de fechamento.
Existem hoje 21 unidades em Minas, que atendem, segundo a Amefa, 2.561 alunos nos ensinos fundamental e médio, nos mesmos padrões da rede estadual. São escolas comunitárias, sem finalidade econômica, formadas a partir de uma associação de famílias de agricultores e que contam com o apoio dos Sindicatos de Trabalhadores Rurais. Elas adotam os princípios da Educação do Campo cuja linha pedagógica é a Pedagogia da Alternância, que surgiu na França. Como o nome sugere, alternam-se atividades escolares e atividades desenvolvidas nas comunidades rurais, possibilitando que os estudantes tenham acesso à educação sem deixar o campo.