A Secretaria de Estado de Educação (SEE-MG) publicou no dia 09 de abril, que a partir do de hoje, 14, os profissionais da educação que atuam nos setores administrativos das escolas da rede estadual de ensino deverão retomar as suas atividades.
Apesar da conjuntura de isolamento social à qual nos encontramos, a Secretaria de Estado de Educação, sob o argumento de que é importante pensar na continuidade dos estudos, lança mão da metodologia do trabalho remoto sem uma justificativa plausível, expondo os referidos profissionais ao risco advindos da pandemia do coronavírus.
Neste contexto, enquanto entidade sindical de classe, que tem como uma de suas bandeiras de luta uma educação pública e com qualidade social, defendemos que nesse momento, a postura educativa do Governo de Estado não pode ser outra senão a preservação da vida, estamos falando de um problema mundial que não pode ser ignorado.
A Fetaemg discorda de forma veemente de tal proposta, cuja metodologia do trabalho remoto\EaD não atende as escolas rurais, dada as suas especificidades, localização geográfica e condições de acesso às tecnologias de informação e comunicação. Além disso, qualquer ação que incentive a movimentação de pessoas cidade-campo não é coerente, tendo em vista que as áreas rurais têm sido consideradas “seguras” com relação ao índice de contaminação pela COVID-19.
E, mesmo que a continuidade dos estudos nas escolas rurais perpasse pela entrega de materiais impressos – não é tão simples assim, a considerar:
> a rota de transporte em sua grande maioria, é distante das residências dos estudantes do campo e,
> não há garantia de que estes materiais serão devidamente entregues de forma segura, sem colocar em risco a saúde dos estudantes e de seus familiares.
Feitas essas considerações, que no nosso entender, se constituem alguns dos problemas para implementação da respectiva deliberação, reafirmamos que a prioridade do executivo é salvaguardar a vida de todos os cidadãos e cidadãs da contaminação do Coronavírus, neste caso, dos servidores públicos, em especial dos mais vulneráveis.
Todos(as) pela Educação.