FETAEMG mobiliza cerca de 700 trabalhadores para o Grito da Terra.
Considerada uma das maiores caravanas presentes no Grito da Terra Brasil, a delegação mineira, mobilizada pela Fetaemg e Sindicatos conta com cerca de 700 trabalhadores e trabalhadoras rurais de todas as regiões do Estado. Ao todo serão aproximadamente cinco mil trabalhadores de todo o país reunidos em Brasília, nos dias 17 e 18, para cobrar respostas do governo para as 200 reivindicações da pauta, ou pelo menos parte delas. Desde abril as negociações já vêm acontecendo com Ministérios do governo e estão relacionadas à política agrícola, como por exemplo, assistência técnica e crédito, desapropriação de terras para a reforma agrária, questões salariais e políticas sociais, como saúde, previdência e educação. A mobilização também defende os interesses das mulheres trabalhadoras rurais, da juventude rural e da população idosa do campo.
“Minas sempre teve uma presença expressiva nas mobilizações de massa e também uma participação efetiva na construção da pauta de reivindicações e nas negociações com o governo. Considero a reforma agrária como uma das principais bandeiras de luta do Movimento Sindical de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais. Sem ela não há progresso no campo”, destaca o presidente da Fetaemg Vilson Luiz da Silva.
Promovido pela Contag, Federações e Sindicatos, o Grito da Terra Brasil é o principal evento reivindicatório da agenda do movimento sindical rural. Reúne anualmente em Brasília milhares de trabalhadores rurais de todo o País. Considerada como uma espécie de data base dos agricultores familiares, trabalhadores sem-terra e assalariados rurais, o primeiro Grito da Terra Brasil foi organizado em 1995 e teve como saldo imediato a criação de uma linha de crédito no valor de R$ 1,5 milhão para a agricultura familiar. Ao longo dessa história, as 16 edições do Grito da Terra renderam importantes conquistas, como a criação e o aumento sucessivo dos recursos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar, a desapropriação de áreas que já beneficiaram centenas de milhares de famílias sem terra, a concessão de benefícios previdenciários rurais represados no INSS e a melhoria das condições de trabalho dos assalariados rurais.