Reunião do Conselho da Fetaemg tem foco na conjuntura econômica do país

A reunião do Conselho de Representantes da Fetaemg reuniu em Belo Horizonte, entre os dias 30/06 e 01/07, aproximadamente 400 lideranças sindicais de todas as regiões do Estado para debaterem entre outros assuntos, sobre a atual conjuntura nacional política, social e sindical.

O presidente da Fetaemg, Vilson Luiz da Silva, destaca que a reunião do Conselho é um momento importante para debater sobre a conjuntura nacional, as mudanças nos direitos dos trabalhadores, reformas políticas e principalmente novas conjunturas e desafios para o Movimento Sindical de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais.

O foco da reunião foi para inclusão dos trabalhadores rurais na economia, diante da atual conjuntura nacional. O diretor técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio, fez uma trajetória das conquistas na área trabalhista, citando a reforma na Constituição de 1988 que incluiu os trabalhadores rurais na previdência social. Segundo o diretor, a atual conjuntura impõe aos trabalhadores a necessidade de estarem mais organizados, com capacidade, não só para reivindicar, mas também para apresentar aos governos projetos que ofereçam condições de desenvolvimento no campo.

Destacando o fraco avanço da agricultura familiar, no sentido de oferecer aos trabalhadores maior lucro na comercialização de seus produtos, o diretor do Dieese explicou que isso acontece porque não há incremento à produção para possibilitar a agregação de maior valor aos produtos. Ele citou como exemplo o ganho de um trabalhador que vende a laranja em relação ao trabalhador que transforma a laranja em suco e consegue obter um ganho maior.

Na avaliação do diretor, para a agricultura familiar avançar existem dois desafios: o primeiro é a organização dos trabalhadores e o segundo, o investimento, por parte do governo, em tecnologia e em políticas públicas para a agricultura familiar.

Ao final, as lideranças sindicais tiveram a oportunidade de expor suas opiniões e defenderam a necessidade de maior organização da classe, como forma de fortalecer as lutas para viabilizar o crescimento da economia no meio rural.