Fortalecimento da agricultura familiar e o foco da analise de conjuntura .
Outro desafio será o de trazer para a agricultura familiar todos os benefícios da política econômica. “A agricultura é, no Brasil, um dos principais instrumentos de desenvolvimento econômico. Considerando isso, precisamos de organização econômica, precisamos de atenção ao jovem do campo, com garantia de trabalho digno, qualidade de vida e organização produtiva”, destaca Ganz. A Política de Formação Técnica e Tecnológica também foi foco do da análise do pesquisador. Ele lembrou que há um Projeto em tramitação no Congresso Nacional e que o movimento sindical do campo deve se apropriar do diálogo no Legislativo para buscar mais avanços. “O progresso se dá a partir da educação. Se articularmos essa educação com ATER e outras políticas associadas a reforma trará muitos ganhos para os jovens e a garantia da sucessão rural”, pontuou o técnico. Clemente lembrou ainda a necessidade de um olhar mais atento para os trabalhadores assalariados, em virtude de transformações recentes na organização laboral. “Nos próximos anos não teremos mais o corte da cana feito pelo trabalhador em São Paulo porque toda a cana será colhida por meio de mecanização. Em breve, isso ocorrera em outras regiões. Com a inovação tecnológica esta havendo uma grande transformação na vida no campo e o trabalhador e o primeiro a ser impactado”. Para atender as lacunas provocadas pelas mudanças constantes, ele sugeriu outro desafio: o da renovação da organização sindical. A presença mais efetiva da mulher nas decisões políticas e sociais foi outro ponto em destaque. “Temos de aproveitar a oportunidade de termos uma mulher eleita por nos na presidência da Republica para promover a plena igualdade entre homens e mulheres. Nada mais lógico do que inserir o movimento do campo nessa discussão”. Ele finalizou os desafios falando dos cortes de gastos do governo e os reflexos para o campo. “O Brasil passa por um processo de crescimento da inflação e um dos problemas e que a produção agrícola vira instrumento de aplicação financeira”. Segundo ele, é necessário pressionar o governo brasileiro para que ele pressione os demais países do mundo pela regulação seria com os produtos alimentares dentro do mercado financeiro. Para Clemente, o Grito e um mecanismo de transformações e mudanças na sociedade e os trabalhadores (as) rurais devem aproveitar as oportunidades para fazer mudanças. “Nunca tivemos tanta oportunidade para fazer mudanças para os trabalhadores assalariados e para a agricultura familiar. Isso porque o Brasil e um dos maiores produtores de alimentos do mundo e a agricultura familiar e uma grande contribuidora nesse processo” Fonte: Agência Contag de Notícias, Danielle Santos