Com o lema “Somos contra a Reforma da Previdência. Nenhum direito a menos!”, aproximadamente 500 lideranças sindicais de todas as regiões do Estado, mobilizadas pela Fetaemg, se reuniram em Belo Horizonte, nesta quarta-feira (11/01) para debater o assunto e traçar um plano de lutas.
Os trabalhos iniciaram com a apresentação dos impactos da reforma na vida dos trabalhadores, mostrando que os mais pobres e os rurais serão os mais prejudicados especialmente por propor a elevação da idade mínima de aposentadoria para 65 anos de idade.
O presidente da Fetaemg, Vilson Luiz da Silva, reforçou que nos pequenos municípios são os recursos das aposentadorias que movimentam a economia, e ressaltou que as medidas que o governo vem tomando desestimulam a permanência das famílias no meio rural, citando como exemplo a extinção do Ministério do Desenvolvimento Agrário e a falta de investimentos em importantes políticas públicas, como o Programa de Habitação Rural, por exemplo. O presidente ainda reforçou que a vida no campo já é muito difícil e sem o incentivo de políticas públicas e sem o amparo da Previdência, fatalmente essas famílias irão migrar para as cidades, causando um dano social ainda maior para o país. “Qual o incentivo para o trabalhador e a trabalhadora permanecerem no meio rural?” Como discutir a sucessão rural? Com essas perguntas, o presidente reforçou que a reforma da Previdência proposta pelo governo é muito grave e que não dá para aceitar esse imenso retrocesso na vida dos trabalhadores rurais e urbanos.
Lideranças sindicais dos Sindicatos de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais presentes no encontro foram unanimes em afirmar que não irão aceitar a retirada de direitos e que permanecerão unidos e mobilizados para lutar contra o retrocesso.