PEC 287/16 da Previdência social “massacra” a classe trabalhadora

8 anos atrás

Presidente da Fetaemg, Vilson Luiz, reforça necessidade de união para evitar retrocessos de direitos

chargeA proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287/16, da reforma da Previdência Social, enviada, nesta terça-feira (06/12) ao Congresso Nacional coloca a população em alerta e reforça o tom de debates do Movimento Sindical de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais  para a união e forte mobilização de toda a classe trabalhadora do país.

Entre as principais medidas, que afetam principalmente os rurais, estão o aumento da idade mínima de 65 anos para aposentadoria, tanto para homens quanto para mulheres e a desvinculação do aumento dos benefícios da previdência ao salário mínimo. Há ainda a proposta de elevar o prazo mínimo de contribuição para a Previdência Social de 15 para 25 anos para os rurais.

O presidente da Fetaemg, Vilson Luiz da Silva afirma que às vésperas do Natal, os brasileiros recebem esse “Pacote de Maldade”, impondo à classe trabalhadora, urbanos e rurais, um grande retrocesso em relação aos direitos conquistados ao longo dos anos.

Vilson também afirma os rurais são os mais prejudicados devido às especificidades do trabalho no campo. Duas condições específicas da atividade rural justificam a manutenção da idade de aposentadoria do homem, aos 60, e da mulher, aos 55 anos de idade: o início precoce da atividade laboral e o trabalho penoso. De acordo com o IBGE, 78,2% das mulheres começam a exercer a atividade rural com idade inferior a 15 anos. Isso significa que a mulher rural trabalha, em média, 41 anos e o homem 46 anos para alcançar o direito à aposentadoria, no valor de um salário mínimo. E ainda, dados do Anuário Estatístico da Previdência Social apontam que as trabalhadoras e os trabalhadores rurais aposentados, vivem menos que os urbanos.

O presidente Vilson aproveita para reafirmar o papel do Movimento Sindical de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais na defesa dos direitos previdenciários já conquistados. E ressalta que está dialogando com a Contag e com a Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB) para definir as estratégias de mobilizações. “Estamos dizendo NÃO à reforma da Previdência e à precarização dos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras rurais.”