Mais de mil trabalhadores e trabalhadoras rurais estão mobilizados, desde quarta-feira (20), em Brasília, para apresentar ao Governo Federal uma pauta com reivindicações específicas para Minas Gerais. A mobilização faz parte do Grito da Terra Brasil que acontece de 18 a 22 de maio, para reivindicar ao Governo melhores condições de vida no meio rural.
A pauta de reivindicações de Minas Gerais é direcionada ao Incra e aos Ministérios do Desenvolvimento Agrário e do Trabalho. No MDA e Incra a Fetaemg cobra, por exemplo, uma agenda de uma equipe do Incra Nacional em Minas Gerais para negociar a pauta de reivindicações de cada região do Estado. Já no Ministério do Trabalho a reivindicação é por maior agilidade nos registros sindicais para dar legitimidade aos Sindicatos para representarem a categoria. “Estamos apresentando ao Governo uma pauta “enxuta”, com os principais gargalos que estão acontecendo no Estado, principalmente em áreas de acampamentos e assentamentos da reforma agrária. Queremos estabelecer com o Ministério do Desenvolvimento Agrário e com o Incra uma agenda em Minas Gerais para negociar as reivindicações específicas de cada região do Estado”, ressalta o presidente da Fetaemg, Vilson Luiz da Silva. Ele destaca ainda que a reforma agrária é também o ponto principal da pauta de reivindicações.
O Grito da Terra deste ano tem como tema principal “Desenvolvimento Rural Sustentável com garantia de Direitos e Soberania Alimentar”. As negociações com o Governo vêm acontecendo deste abril, quando a Contag, junto com representantes da Fetaemg e de demais Federações, entregaram à presidente Dilma Roussef uma pauta com um conjunto de reivindicações demandadas pelos agricultores e agricultoras familiares que permite construir uma agenda positiva para o crescimento da economia com distribuição de renda, que passa pela ampliação do orçamento público para o investimento em políticas públicas estruturantes para superar pobreza, as desigualdades sociais e ampliar e universalizar os direitos de oportunidades e igualdades para os sujeitos construírem cidadania, viverem e trabalharem com dignidade e qualidade de vida no meio rural.