A 2ª. Conferência Nacional da Juventude, encerrada nesta segunda-feira (12) no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade, em Brasília, trouxe conquistas para a juventude brasileira. Segundo a secretária de Jovens da CONTAG, Elenice Anastácio, a realização das etapas territoriais eletivas para a nacional foi um dos pontos positivos, pois possibilitou que a juventude rural tivesse uma boa participação, inclusive, na discussão do regimento interno e no empenho e dedicação das Comissões Estaduais de Jovens junto às comissões organizadoras dessas etapas. “Aliás, boa parte das propostas aprovadas na conferência nacional saíram dos territórios”, informa.
No último dia aconteceu a plenária, onde os 3 mil delegados e delegadas da CNJ votaram nas propostas que saíram dos Grupos de Trabalhos (GTs). Elenice anunciou que uma das conquistas diz respeito à educação do campo. “Conseguimos negociar junto aos movimentos sociais e aos outros grupos para que essa política fosse a proposta número um da conferência, de um total de 26 prioridades”, comemora. Dentro do Eixo Temático Direito ao Território, no GT Campo, também foi aprovada uma proposta que trata do trabalho e renda do(a) jovem rural.
Segundo a sindicalista, foi possível distribuir os delegados e delegadas rurais em todos os GTs que discutiram as propostas de interesse dos jovens do campo, como transporte público, meio ambiente e povos tradicionais, por exemplo. “A partir dessa atuação, concentramos esses resultados positivos”. O documento final pediu, ainda, reforma política que garanta a participação dos jovens no poder, contemplando de forma igualitária a faixa etária e o gênero.
Eixos – Ao todo foram 21 GTs divididos em cinco eixos temáticos: Direito ao desenvolvimento integral; Direito ao território; Direito à experimentação e qualidade de vida; Direito à diversidade e à vida segura e direito à participação e fortalecimento institucional.
A 2ª. CNJ foi um grande momento para apontar os direitos assegurados na Emenda Constitucional 65, que incluiu a expressão juventude na Constituição Federal e indicou a necessidade da aprovação do Plano Nacional de Juventude e do Estatuto da Juventude – que estão tramitando no Congresso Nacional e precisam da mobilização dos jovens para serem aprovadas.
Foto: Luciana Ferry |