Nesta quarta-feira (30 de maio), Brasília sedia o 18º Grito da Terra Brasil. Cerca de oito mil trabalhadores de todos os estados participam da mobilização para cobrar do governo federal respostas concretas à pauta de reivindicações. Nessa tarde, a mobilização está concentrada em frente ao Congresso Nacional para cobrar dos parlamentares a aprovação do novo Código Florestal com os vetos e alterações da presidenta Dilma Rousseff, da PEC 438/01 (Trabalho Escravo) também como foi aprovado na semana passada, e outros projetos de lei que estão aguardando votação na Câmara dos Deputados e Senado Federal.
A pauta do GTB deste ano traz como prioridades uma ampla e massiva reforma agrária com justiça no campo, trabalho justo e produção de alimentos saudáveis para todos; além da criação e aperfeiçoamento de políticas públicas de crédito, assistência técnica, organização da produção e comercialização que visam o fortalecimento e a proteção da agricultura familiar.
Os trabalhadores e trabalhadoras rurais aproveitam para fazer um ato sobre a violência no campo, citando todas as lideranças do campo e da floresta que foram assassinadas devido a luta pela terra e busca de melhores condições de vida e trabalho para a população rural. Foram expostas cruzes brancas no gramado do Congresso Nacional para representar todas as vítimas e denunciar que muitos desses crimes ainda continuam impunes.
Logo em seguida, os trabalhadores sairão em caminhada em direção à tenda localizada nas proximidades da Catedral de Brasília, onde será realizada a abertura oficial do 18º Grito da Terra Brasil.
A caravana mineira, mobilizada pela Fetaemg, é um das maiores em Brasília, com aproximadamente 2,5 mil trabalhadores rurais. |