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Integrantes da Comissão Estadual de Mulheres da Fetaemg se reuniram, em Brasília, junto a diferentes entidades e organizações sociais nacionais, para participar da 1ª Marcha Nacional das Mulheres Negras. Dentre as participações mais aguardadas estavam a diretora executiva da ONU Mulheres, Phumzile Mlambo-Ngcuka, ex-vice presidenta da África do Sul, e a ex-integrante do grupo Panteras Negras e do Partido Comunista dos Estados Unidos, Angela Davis. Além de Gloria Jean Watkins, mais conhecida pelo pseudônimo Bell Hooks, autora, feminista e ativista social norte-americana.
O evento busca mobilizar toda sociedade para as constantes lutas das mulheres negras frente ao racismo e violência, e defender a cidadania plena destas protagonistas no país. “Puxadas” por mulheres com trajes tradicionais da Bahia (para mostrar o respeito pela ancestralidade), mais de 10 mil pessoas compareceram a manifestação, que seguiu pelo Eixo Monumental da capital brasileira, até a Esplanada dos Ministérios.
Dados importantes
Segundo o último censo do IBGE, as mulheres negras representam 25,5% da população brasileira. Entretanto, isso não assegura que elas tenham mais direitos garantidos.
Entre as mulheres, as negras são as maiores vítimas de crimes violentos. De acordo com o Mapa da Violência divulgado no início do mês, os casos de homicídio envolvendo mulheres negras cresceram 54,2% entre 2003 e 2013, passando de 1.864 para 2.875. No mesmo período, o número de ocorrências envolvendo mulheres brancas caiu 9,8% (de 1.747 para 1.576), segundo o estudo feito pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso), a pedido da ONU Mulheres.
É a primeira vez que a marcha nacional acontece. O objetivo é reunir o máximo de organizações de mulheres negras, assim como outras entidades do movimento negro e mobilizar essas pessoas em homenagem aos ancestrais e em defesa da cidadania plena das negras brasileiras. Em 20 de novembro se comemora o Dia Nacional da Consciência Negra.
