Um público variado, entre crianças, jovens e terceira idade visitam a AgriMinas neste domingo, último dia da Feira, à procura de produtos de qualidade da agroindústria mineira, além de peças de artesanato. Estima-se que esta sexta edição da AgriMinas bata o recorde de público, aproximadamente 40 mil pessoas nos quatro dias do evento.
Diante da diversidade de produtos, distribuídos em 130 estandes, empresários da rede varejista e de atacado de Belo Horizonte, e até de outros Estados, podem escolher desde produtos básicos como café, feijão e farinhas, a hortaliças diversas, queijos, variados tipos de cachaça, doces, biscoitos, temperos e condimentos diversos, além de criativas peças de artesanato.
Muitos expositores já estão com seus estandes praticamente vazios, felizes com os negócios que conseguiram fechar e com as vendas realizadas durante a feira. O agricultor Lorival Araújo, do Assentamento XV de Novembro, de Paracatu é um exemplo de boas vendas. No seu estande ainda é possível encontrar artesanato feito em cabaças. Ele conseguiu fechar dois contratos com empresários de São Paulo e também em Contagem. “Nessas duas vendas foram embora praticamente todo o meu estoque de cabaças. Foram 800 peças vendidas só para São Paulo”, comemora.
Sucesso também é o estande da Associação dos Pequenos Produtores de Datas (Frutivale) com suas polpas de frutas, tudo natural, sem nenhum conservante. “Conseguimos fazer contato com escolas de Itaúna, Contagem e Betim para a venda de nossas polpas.” Fazem parte da Associação 28 municípios da região de Diamantina.
Uma grande procura na feira também está sendo no estande dos derivados de mandioca. A famosa tapioca que está presente na AgriMinas desde a primeira edição, tem atraído muitas pessoas. As filas são constantes, mas mesmo assim as pessoas não desistem.
O estande de Divinópolis também tem o seu diferencial. São produtos feitos na hora, como por exemplo, biscoitos, mingau e bolinhos de milho, pamonha, milho verde, enfim, uma variedade de produtos derivados do milho. Não há quem resiste a um produto feito na hora.
“A agricultura familiar deixou de ser uma atividade de subsistência para assumir o perfil de pequenos empreendimentos com negócios que estão mudando a qualidade de vida das pessoas no campo”, ressalta o presidente da Fetaemg, Vilson Luiz da Silva. Ele cita números como a existência em Minas, de cerca de 15 mil agroindústrias familiares “produzindo de tudo um pouco” e de aproximadamente 400 mil pequenas propriedades. O presidente explica que a agricultura familiar produz em lavouras com manejo sustentável, sem a utilização de agrotóxicos, e esse é um diferencial. “Nosso desafio é mostrar para a sociedade que a produção familiar, além de produzir alimentos saudáveis, é protagonista de emprego e renda no meio rural, ao responder por 70% dos produtos da cesta básica”, diz.
A AgriMinas está aberta ao público até as 20 horas. O ingresso custa 4 reais.