Em função dos desafios que se apresentam à Educação de Jovens e Adultos (EJA), está sendo realizado em Belo Horizonte, entre os dias 15 e 16 de abril, o curso de formação em EJA em áreas de reforma agrária. A iniciativa da Fetaemg conta com a parceria da Universidade Estadual de Minas Gerais (UEMG) e tem como principal objetivo fortalecer as ações de extensão, pesquisa e ensino que vem sendo desenvolvidas pelo Núcleo de Estudos e Pesquisas em Educação de Jovens e Adultos. “O objetivo é retomar as discussões em torno da educação de jovens e adultos em áreas de assentamento. Por meio dessa parceria histórica entre a Fetaemg e a UEMG a ideia é, a partir das reflexões conjunta, mobilizarmos os participantes desse curso para que possam pautar projetos da Educação de Jovens e Adultos na Secretaria de Estado da Educação e articular junto aos municípios a oferta da EJA nas áreas de assentamento”, explica a coordenadora do curso na UEMG, Nágela Brandão.
Além de contribuir para a formação de educadores e gestores educacionais, o curso tem o objetivo de identificar e trabalhar as demandas locais e organizar projetos em EJA integrada à educação profissional nas áreas de assentamentos e acampamentos de reforma agrária.
A secretária Nacional do Centro de Estudos Sindicais (CES) e também secretária geral adjunta da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Kátia Gaivoto, destacou em sua apresentação a importância da formação político sindical e sua relação com a educação, que segundo Gaivoto, é muito mais ampla e vai além da escola.
O presidente a Fetaemg demonstrou preocupação com os rumos dos investimentos em educação, especialmente no meio rural, onde vem ocorrendo o fechamento de escolas rurais. “A EJA é uma grande conquista que precisa ser mantida. Graças às nossas ações estamos garantindo a inclusão de jovens e adultos à educação de qualidade, especialmente ao ensino superior. ”
Será elaborado pela Fetaemg e pela UEMG um documento propositivo sistematizando as demandas de Educação de Jovens e Adultos (alfabetização e escolarização/profissionalização) nos assentamentos e comunidades rurais, considerando aspectos como: formação de professor, material didático-pedagógico contextualizado, organização tempo/espaço diferenciado, financiamento, que será apresentado aos gestores municipais, à Comissão Permanente de Educação do Campo da Secretaria de Estado de Educação (CPEC/SEE) e demais órgãos.
A educação do campo é uma das principais bandeiras de luta da Fetaemg, que conta com a parceria de Universidades Estaduais e Federais para garantir de fato a implementação da política pública de educação do campo, em todos os níveis de ensino.