A Fetaemg sediou na última sexta, dia 18, em Belo Horizonte, uma reunião com o Colegiado do curso de Licenciatura em Educação do Campo da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Estiveram presentes o presidente da Fetaemg, Vilson Luiz da Silva, a assessora educacional da Fetaemg, professora Ellen Vieira, os professores Wagner Aurek e Maria de Fátima Martins, ambos coordenadores do curso de Licenciatura em Educação do Campo da UFMG e a professora Maria Isabel Antunes Rocha, Coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Educação do Campo EduCampo/FaE-UFMG e do Projeto Escola da Terra. Também estiveram presentes estudantes representantes de turmas.
O objetivo do encontro foi retomar a Comissão Interinstitucional do Curso de Licenciatura em Educação do Campo/UFMG e também estreitar a parceria entre universidade e a Fetaemg/STTR’s.
Essa articulação foi fruto de um momento de avaliação pedagógica do curso em 2015, no qual, a assessora educacional da Fetaemg participou e ponderou que o currículo do curso deve ir ao encontro com o cotidiano desses estudantes e suas famílias, contemplando assuntos da realidade, como Reforma Agrária, Políticas Públicas para Agricultura Familiar (PRONAF), Formação Política, Previdência Rural, entre outras temáticas tão importantes e necessárias para o conjunto dos trabalhadores e trabalhadoras rurais. Sendo que o conhecimento científico é o elemento central da organização curricular, contudo, tem a necessidade de estar alinhado ao contexto sociocultural e político do campo.
O professor Wagner Auarek e a professora Maria de Fátima, afirmaram que os estudantes necessitam dessa formação e que, a UFMG e a Fetaemg precisam construir ações conjuntas, coletivas, para que esse objetivo seja alcançado. Um dado importante trazido pelo colegiado do curso refere-se ao fato de que 80% dos estudantes do curso de Licenciatura em Educação do Campo – UFMG são da base da Fetaemg/STTR’s.
A Fetaemg se comprometeu mais uma vez com a educação do campo, sobretudo, em relação a construção de ações que deem visibilidade ao papel desempenhado pela federação em conjunto com seus 540 STTR’s em prol da educação do campo. “As conquistas do MSTTR foram todas alcançadas com muita luta, organização e reivindicação, e hoje, a Fetaemg tem na formação político-sindical uma das suas principais estratégias de luta, formando dirigentes que sejam de fato lideranças, militantes”. Afirmou o presidente Vilson.
Neste sentido, a educação do campo perpassa também pela formação política, professores e professoras que tem e/ou terão essa formação específica devem fazer a diferença não só enquanto professores, mas enquanto educadores, formadores de opinião, que levem para a sala de aula temas que elevem a consciência de classe dos estudantes.