Os movimentos sociais e sindicais sempre estiveram presentes na luta por uma vida digna no campo nesse país. É sempre a mesma história, o descaso às especificidades camponesas. As Escolas Família Agrícola (EFA), conquista do movimento sindical e social do campo está sendo ameaçada, não podemos permitir esse desmonte a essa conquista tão importante.
Para tanto a Rede Mineira de Educação do Campo, coordenada pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura de Minas Gerais (FETAEMG), constituída pela Associação Mineira das Escolas Famílias Agrícola (AMEFA), pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), pela Pastoral da Terra (CPT), com participação de universi¬dades, sindicatos, entre outros atores, torna público o apoio e a solidariedade aos dirigentes, lideranças, pais, estudantes, egressos e professores das vinte e uma Escolas Família Agrícola (EFA’s) do estado de Minas Gerais, que mobilizados e organizados, ocupou a Cidade Administrativa de Minas Gerais, nesta quinta-feira dia 18 de agosto de 2016, contra toda forma de desrespeito e indiferença, na luta pela efetivação do direito à educação do campo. Está na programação uma atividade na Assembleia Legislativa de Minas Gerais nesta sexta-feira dia 19.
Compreendemos que o ato político realizado pelo coletivo das EFA’s fortalece a Educação do Campo, sobretudo, no que tange à implementação da política pública no estado mineiro – ação estratégica para a transformação da realidade escolar rural, à medida que vincula o debate educacional com a construção de um projeto de desenvolvimento de campo e de sociedade.
Portanto, mais do que nunca, o cenário político nos convida a articulação em torno da defesa das conquistas da educação do campo. A conjuntura atual nos provoca a agir frente às interrogações que já ocupam nossas cabeças, sobretudo, frente à dominação simbólica e às ameaças dos direitos já conquistados pelos povos do campo.
Força e perseverança a todos os companheiros e companheiras das EFA’s que acreditam na Educação do Campo, que não medem esforços para que crianças, adolescentes, jovens e idosos do campo tenham direito à educação, no lugar onde vivem, tendo acesso aos conhecimentos produzidos socialmente pela humanidade, contextualizado à sua realidade. Para tanto, as escolas devem ter condições físicas, pedagógicas e financeiras adequadas e suficientes. Continuamos todos juntos na luta!
Assina,
Rede Mineira de Educação do Campo
Federação dos Trabalhadores na Agricultura do estado de Minas Gerais/FETAEMG