Dirigentes da Contag, representantes da Federação de Goiás e trabalhadores rurais juntaram-se na tarde desta terça-feira (07) a centenas de trabalhadores e representantes de centrais sindicais para mostrar para deputados e senadores que os trabalhadores brasileiros são contrários à aprovação do PL 4330/2004, que prevê a terceirização irrestrita das relações de trabalho.
Terceirizar de maneira irrestrita é possibilitar a precarização das relações de trabalho. Ao terceirizar a mão de obra, o empregador não precisa mais arcar com os direitos trabalhistas de quem presta serviços para ele. Férias, 13º salário, fundo de garantia e previdência social, todos esses direitos estão em risco caso o PL 4330 seja aprovado pelos parlamentares e sancionado pela presidente Dilma Rousseff.
Para o secretário de Assalariados Rurais da Contag, Elias Borges, a manifestação é parte da defesa de tudo o que já foi conquistado para os/trabalhadores/as. “Não tem nada mais importante neste momento do que garantir o que nós, com muita luta, conquistamos. Esse projeto tem como intuito diminuir os custos para o empregador, mas só quem perde nesse processo são os trabalhadores”, afirmou Elias Borges.
A Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) também participam das mobilizações contrárias ao PL 4330, assim como diversas outras entidades de defesa dos direitos dos trabalhadores.
“É um atentado contra a legislação trabalhista, pois significa o fim dos direitos para o trabalhador(a) e sua delimitação por inteiro. Assim, afirmamos que o Projeto de Lei 4330/2004 é um retrocesso, o trabalhador(a) passa a ser um prestador de serviço, sem direitos assegurados, sendo hoje, as pessoas que prestam serviços terceirizados, as maiores vítimas das doenças, acidentes e morte no trabalho”, Adilson Araújo, presidente da CTB.
Com informações imprensa Contag/Lívia Barreto e Barack Fernandes