A Fetaemg recebeu nesta quinta-feira (04.03), na sua sede, representantes da Rede Mineira de Educação do Campo para a primeira reunião do ano, que demarca retomada das ações e trabalhos para 2016. Estiveram presentes o presidente da Fetaemg, Vilson Luiz da Silva, a assessora de Educação do Campo da Fetaemg, Ellen Vieira, e representantes da UFMG / Educampo, UFV, UFVJM, Comissão Pastoral da Terra, e AMEFA.
A Rede é uma organização composta principalmente pela Associação das Escolas Famílias Agrícolas (AMEFA), Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), com apoio de universidades, sindicatos entre outros atores, e atualmente, está sob a coordenação da Fetaemg. Mas o trabalho é coletivo, feito por todos e para todos.
Durante a reunião, foi feito um resgate das conquistas para educação do campo, além da avaliação e reflexão do contexto político atual e o cenário no estado. A Rede Mineira compreende que é preciso, urgentemente, implementar as diretrizes estaduais, tendo um espaço legitimado e institucional na Secretaria de Estado da Educação que concretize políticas públicas voltadas ao tema em diálogo com a organização.
Foi constatada também a necessidade de avançar de fato em demandas sérias como o não fechamento de escolas, garantia de dotação orçamentária, reconhecimento das licenciaturas, matriz curricular contextualiza, organização espaço/tempo em acordo com a dinâmica do campo, dentre outros.
Segundo o presidente da Fetaemg, Vilson Luiz da Silva, é preciso entender que a educação é primordial na vida. “A elite, a grande mídia e os poderosos dominam por meio da falta de pensamento crítico do povo. Quanto menos a periferia e o povo do campo não tiver conhecimento, os poderosos perpetuarão no poder. A Fetaemg e a Rede Mineira de Educação vão atacar a espinha dorsal deste processo, que é a educação. Vamos trabalhar neste frente para conseguir mudanças significativas para nosso povo”, explica.
Para ele, se faz necessária uma educação pública com qualidade social e acessível a todos os atores do campo, em todos os níveis de ensino. E que a educação do campo na SEE precisa ocupar seu lugar político e condições para implementar a política.
Ao final da reunião, foi discutido o processo de construção do Plano Estadual de Educação (PEE), no qual, os municípios participaram com seus respectivos planos. Um dos desafios do PEE, além de incorporar as diretrizes estaduais de educação do campo, é criar mecanismos que dificultem as administrações municipais de continuarem com a política de nucleação/ fechamento de escolas no campo. Tudo isto sem deixar de recolocar na pauta a educação de jovens e adultos do campo e a educação técnica e profissional da juventude.