Visando potencializar as ações voltadas para o fortalecimento da Política Pública de Educação do Campo, o presidente da Fetaemg, Vilson Luiz da Silva, se reuniu com a coordenadora Estadual de Educação do Campo/SEE/MG, Erica Justino, em 23 de março, na sede da Federação. Também participaram do encontro a assessora de Educação do Campo, Ellen Vieira, e a assessora de Formação Sindical, Josefina Baetens.
O presidente Vilson Luiz destacou a importância do fomento à educação: “Neste tempo, temos que usar toda a força política, afirmar nossas bandeiras de luta, sobretudo, diante da atual conjuntura, é imprescindível retomarmos a bandeira da reforma agrária, pois, queremos um campo com gente, com educação, com escolas, emancipação social e com políticas públicas que atendam de fato às nossas especificidades” , afirma.
Dentre as metas de trabalho conjunto entre a Fetaemg e a Secretaria de Estado da Educação estabelecida para esse ano, está a realização de encontros regionais de educação do campo em todo o estado, na perspectiva de ampliar para os Sindicatos de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (STTR’s) o debate acerca da Política Pública de Educação do Campo. A iniciativa cumpre o que foi deliberado no 9º Congresso Estadual de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (CETTR) e também no II Encontro Estadual de Educação do Campo.
Para a coordenadora Estadual de Educação do Campo/SEE/MG, Erica Justino, no atual momento é importante somar forças e trabalhar para que a educação do campo seja garantida e implementada. A Secretaria de Estado de Educação está elaborando um planejamento, cujas ações, perpassam pela parceria com os movimentos sociais e sindicais do campo, no intuito de contemplar as diversas iniciativas e contextos da educação do campo.
Segundo o Censo PNAD/2009 e IBGE/2010, dos 13.933.173 analfabetos brasileiros, 35,% estão no campo, ou seja, 4.935.448 analfabetos rurais. Neste sentido, Vilson afirma: “Não queremos só lutar contra o fechamento de escolas no campo, queremos muito mais. Queremos a garantia do direito à educação em qualquer fase da vida, queremos escolas com qualidade, bem equipadas, com acesso à água e energia, professores qualificados, calendário adequado, currículo contextualizado”.