Por meio de convênio entre a Universidade Estadual de Montes Claros e Incra, com a parceria da Fetaemg, agricultores e assentados da reforma agrária estão tendo a oportunidade, desde 2008, de ingressar num curso de graduação. Em fevereiro, cinquenta alunos concluíram o curso de Licenciatura em Pedagogia do Campo e podem agora atuar em escolas do campo, na educação infantil e nos anos iniciais do ensino fundamental e gestão escolar da educação básica, podendo também atuar na supervisão escolar. A formatura aconteceu em 25 de fevereiro, na Unimontes.
Direcionado a jovens agricultores familiares e assentados da reforma agrária das regiões Norte de Minas, Noroeste, Vale do Jequitinhonha e Triângulo Mineiro, o curso de Pedagogia do Campo, que está inserido no Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera), também preparou os educadores para uma atuação profissional além da docência, ou seja, priorizando os processos educativos que acontecem não apenas na escola do campo, mas, também, no seu entorno e na comunidade em que vivem.
Com quatro anos de duração, com carga horária de 4.230 horas/aula, o curso é dividido em oito módulos, contendo atividades acadêmicas, científicas, culturais e artísticas. A proposta é desenvolver um trabalho de formação humana e intelectual, oferecendo condições aos acadêmicos para integrar a pesquisa e o ensino por meio da teoria e da prática, com atividades realizadas no campo.
No ano passado o curso de Licenciatura em Pedagogia do Campo recebeu do Conselho Estadual de Educação o conceito A, que equivale a nota máxima, reconhecendo a qualidade do corpo docente, da infraestrutura e do programa pedagógico.
Para o presidente da Fetaemg, Vilson Luiz da Silva, essa é uma importante conquista para os jovens que vivem no campo e que dispõem de poucas oportunidades para ingressar num curso superior. De acordo com o presidente, a Fetaemg tem como uma de suas principais metas de trabalho a educação do campo, criando condições para que os jovens permaneçam no meio rural.