Mais um ano de luta para as mulheres. Ao invés de comemorarem, cerca de 120 trabalhadoras rurais ligadas à Fetaemg, participaram no dia 8, data em que se celebra o dia internacional da mulher, de um ato e passeata em favor das mulheres, em Belo Horizonte.
A manifestação, denominada “Mulheres contra a lama que mata: somos todas atingidas” teve como foco protestar contra o desastre em Mariana, ocorrido no ano passado, que além de graves consequências ambientais, também gerou problemas sociais para os moradores da região atingida. Também teve como objetivo dialogar com a sociedade sobre a violência contra mulheres, a violação dos direitos, machismo, discriminação e desigualdade de gênero.
A concentração ocorreu na Praça da Liberdade e a marcha foi até Praça da Estação, onde aconteceu um ato cultural. Ao todo, mais de duas mil pessoas acompanharam a passeata.
A coordenadora da Comissão Estadual de Mulheres da Fetaemg, Alaíde Bagetto, defende a união de forças, para que os direitos femininos, duramente conquistados, sejam mantidos. Ela também acredita que a união possa favorecer a ampla discussão de questões sociais e ambientais. “A Fetaemg hoje tem uma comissão de mulheres bem atuante, mas ela sozinha não consegue fazer toda essa movimentação. Então quando a gente une forças é para dar mais visibilidade às mulheres do campo, para que nossos direitos previdenciários sejam garantidos, para que haja reforma agrária, para que a questão do meio ambiental, seja avaliada pelo nosso governo, e para que fazer com que as mulheres fiquem cada vez mais unificadas na luta pela terra, pela água e pela construção de uma sociedade mais justa e igualitária”, afirma.