Para reafirmar o posicionamento contrário da Fetaemg à PEC 287, o presidente da Federação, Vilson Luiz da Silva, participou na manhã desta segunda feira (20/03), de um debate com deputados federais da bancada mineira sobre a proposta de reforma da previdência social. A discussão lotou o Salão Nobre da Assembleia Legislativa de Minas Gerais e mobilizou, além de 11 parlamentares federais, vários deputados estaduais, centrais sindicais e mais de 30 entidades representativas de diversas categorias de trabalhadores.
Ovacionado pelos presentes, o presidente Vilson mostrou sua indignação com a proposta do governo e afirmou que a Fetaemg lutará até o fim para que este projeto não seja aprovado, resguardando os direitos conquistados pelos trabalhadores e trabalhadoras na Constituição de 88. Vilson também disse que é preciso desmistificar a afirmação do governo de que os rurais são os principais culpados pelo déficit na previdência: ” Não aceitamos que falem que o povo do campo é quem está quebrando a previdência, isso não é verdade. Não deixamos de contribuir com a previdência social. Quando compramos insumos, estamos contribuindo, quando vendemos nossos produtos, através de associações e cooperativas, também estamos contribuindo através dos impostos. Muitos trabalhadores fazem sua contribuição todo mês.”
O presidente da Fetaemg também aproveitou a ocasião para destacar a importância dos agricultores familiares no fornecimento de alimentação de qualidade para a população brasileira. ” Os agricultores são muito importantes. Na hora do café, almoço, jantar, as pessoas precisam de nós. Nós somos responsáveis por 70% do que é produzido no país. A agricultura familiar é preocupada com a saúde das pessoas e produz alimentos saudáveis, não adultera alimentos, como estamos vendo acontecer nos grandes frigoríficos.” Afirmou, referindo-se à operação “Carne Fraca”.
No evento foi apresentada uma moção de repúdio à PEC 287, que deverá ser encaminhada pela Assembleia aos presidentes da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia e do Senado, Eunício Oliveira. Em sua justificativa, o documento ressalta que não foram apresentadas provas para embasar a alegação do Governo Federal de que há rombos no caixa da Previdência.
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