MG: Casal de Assentados garante renda com produção de vassouras.
O produtor conta que a ideia do cultivo surgiu quando ele ainda morava no Paraná, estado em que nasceu. Ao ser assentado em Minas, Daniel decidiu se arriscar e plantar a semente do sorgo utiizado para a confecção de vassouras.
Juntos, Daniel e sua esposa realizam todo o processo de colheita e transformação do tradicional utensílio doméstico. Depois de plantar as sementes, os produtores precisam aguardar pelo menos 90 dias para colher o cacho da planta. Depois de seca, o sorgo passa por uma máquina para ser limpo. Depois, é amarrado manualmente.
As cerca de 200 vassouras fabricadas, por mês, pela família Barragan são vendidas a R$7 cada e já são bem conhecidas em Coromandel e região. Oito mercados compram o produto regularmente. O agricultor chega a viajar 40 quilômetros para atender às encomendas. “Vou duas vezes por mês na cidade de Patrocínio para entregar vassouras”, conta o assentado.
Além dos mercados, Daniel vende sua produção em feiras e na rua. “Nunca voltei com nada para casa”, afirma o assentado, que se orgulha de ser um bom vendedor. “Às vezes as pessoas me procuram em casa para comprar o produto”, diz. Atento à demanda, ele já pensa em ampliar a produção. “Recebi uma proposta de encomenda de 300 peças por mês”, conta. A intenção do produtor é abandonar algumas de suas atividades secundárias e se dedicar às vassouras.
O produtor e sua esposa também fabricam sabão, cultivam pimenta e algumas hortaliças, mas é com a venda das vassouras que eles tiram grande parte da renda de R$1,7 mil por mês.
A vassoura é um tipo de sorgo, da mesma família do milho, que se adapta bem ao cerrado e à região Sul do Brasil. O plantio das sementes deve ser feito no início do período chuvoso.